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PUBLICAÇÕES

MAIS UMA VEZ, SUBCOMUNS — Fred Moten & Stefano Harney

Mais uma vez, subcomuns — Fred Moten & Stefano Harney

Subtítulo: Poética e hapticalidade

 

O presente livro não existe em qualquer outro lugar do mundo. Alguns de seus textos foram publicados em um único volume, claro; a eles, juntamos outros dois, um inédito, escrito especificamente para esta edição. O que temos, portanto, é o encontro de diferentes exercícios “individuais” — com todas as aspas que uma palavra dessas pode receber aqui — de nossa dupla de autores, escritos feitos por meio e a partir do que eles pensaram em colaboração, sobretudo o registro dessa prática que veio a ser publicado com o nome que aqui é retomado: subcomuns. Assim, concebemos mais uma publicação que, de uma maneira ou de outra, é assinada a quatro mãos.

 

Subcomuns é, antes de qualquer coisa, uma proposição para o agora, mas também é uma percepção poética da realidade, pois, para além de um conceito, requer de quem o lê, ou seja, de quem o faz materializável, o reconhecimento e a admiração pela perspectiva do subterrâneo, do invisível, do entremundo, talvez até do anonimato — na abertura para ritmos estranhos em sua familiaridade excessiva que correm despreocupados com as nossas ideias do próprio e do impróprio, com a ordem sensível que tentamos lhes impor. Sem isso, não é possível se encontrar em sintonia com os subcomuns, sem um amadorismo. Como se a sabedoria cosmológica da terra e a sensibilidade “além mundo”, dadas sempre nos deslocamentos poéticos — na perversão improvisada do dado —, fossem uma premissa para que se compreendesse a existência e a força dos subcomuns que nestas linhas se fazem.

MAIS UMA VEZ, SUBCOMUNS — Fred Moten & Stefano Harney

SKU: 9786586598315
R$49.00 Regular Price
R$39.20Sale Price
Este livro está em pré-venda. Seu lançamento ocorrerá ao fim do mês de setembro de 2024. Os envios dos pedidos do site irão iniciar a partir de 07/10/24.
  • As expressões “subcomum” e “subcomuns” apontam para uma série de coisas que não são uma coisa só; muitas vezes, aparenta se tratar de um lugar, de um lugar a ser alcançado, onde nos encontraremos, enfim, em uma prática revolucionária, em que todos os males serão desfeitos — se isso é o que parece, devemos bagunçar os sentidos. O que queremos dos autores que admiramos? O que queremos dos textos que nos tocam? Uma solução? Uma redenção? Se podemos cogitar uma relação entre negridade e subcomunalidade, é preciso pensar o que foi a impossibilidade permanente da vida negra nas Américas — pode o começo abissalmente impróprio de uma existência impossível nos dar um de qualquer coisa? Já está tudo uma baderna desde o início. Coisa-nenhuma, em que ninguém pode satisfazer nosso desejo de uma certeza inabalável, de uma completude a ser nossa. É preciso seguir a batida e esquecer de si; esquecer das fantasias que nos alimentaram sobre ser uma coisa ou outra, ser-alguém, ter sucesso, aderir à civilização, progredir, marchar sobre a linha, produzir ao longo da linha, tornar-se um meio de expansão e aprimoramento da linha, eficiente, caixeiro-viajante, sonho do capital, cidadão pleno e apropriadamente humano.

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