CIDADÃOS, VOLTEM PRA CASA!
Programa gratuito de encontros e debates organizado pela GLAC edições, no qual editories, escritories, intelectuais, artistas, militantes e diferentes agentes sociais expõem suas ideias, práticas e modus operandi de atuação, utilizando-se de críticas políticas capazes de imaginar revoluções no presente. Por meio do interesse em fazer sumir o cidadanismo em nossos dias, e com isso tornar possível práticas autonomistas na sociedade - distantes da "autonomia" prescrita pelo capitalismo e pelos Estados Ocidentais, com as ofertas de geração de renda auto-empreendedoras -, Cidadãos, Voltem Pra Casa! surge para que tais possibilidades se façam cada vez mais visíveis e desejáveis.
#1 . 2016
Império e Anonimato: materiais preliminares às insurreições
Idealizado pela GLAC edições e realizado em parceria com a Oficina Cultural Oswald de Andrade de São Paulo, este primeiro encontro foi formado por editories lusófones das não autorias francesas Tiqqun, Anônimo e Comitê Invisível. Mediado pela artista e pesquisadora Clara Ianni, a programação visou gerar o debate entre as pessoas convidadas e o público participante sobre políticas subversivas de caráter anônimo, idealizações públicas insurrecionais e axiomatizações neoliberais dos movimentos e aglomerados políticos espalhados pelo mundo nos últimos anos. Para isso, es editories apresentaram, sucintamente, um texto escolhido e já editado das não-autorias, gerindo a conversa crítica e analítica das proposições e asseverações surgidas no escopo de produção dos textos envolvidos.
Participaram do encontro o artista Roberto Winter, editor da Dazibao; abigail Campos leal, organizadora do Slam Marginália; o filósofo Peter Pál Pelbart, editor da n-1 edições; o escritor português Miguel Carmo; a poeta feminista Denise Algures; e o curador Leonardo Araujo Beserra, editor da GLAC edições.
#2 . 2018
Subjetividade e Visibilidade: perda da imaginação nas relações de poder
O ciclo "Subjetividade e Visibilidade", concebido pela GLAC edições em colaboração com abigail Campos Leal e Gustavo Motta, ocorreu em novembro de 2018 no Centro de Pesquisa e Formação do SESC São Paulo. Os seminários, divididos em quatro encontros, partiram da difusão e reflexão sobre as ideias, propostas e conceitos expressos na produção literária, filosófica, artística e política de grupos anônimos, autoproclamades não-autories, se voltando às diferentes estratégias de problematização da situação sócio-econômica contemporânea, originadas em organizações e ambientes subversivos, operadas entre a arte e a política.
Encontros:
1˚ - Tiqqun e Comitê Invisível no debate autonomista brasileiro, uma introdução
Abordagem introdutória sobre o pensamento insurrecional francês do começo dos anos 2000, com foco nas proposições de anonimato, sabotagem e não-autoria apresentadas pelo Comitê Invisível, em contextualização direta aos movimentos de ocupação e revoltas do Brasil.
Com Zenite, integrante dos coletivos Facção Fictícia e CrimethInc., e Paulo Rocha, integrante do coletivo [conjunto vazio].
2˚ - Práticas de si num mundo sem governança
Leitura criativa e reflexiva acerca da construção textual e da máquina narrativa nas produções do Comitê Invisível, assim como uma análise à crítica radical empregada por Tiqqun às propostas socialistas de Karl Marx. Explanação sobre o potencial imaginativo na compreensão política dos dois grupos.
Com Ana Godoy, mestre e doutora em Ciências Sociais, e Jordi Carmona Hurtado, professor de filosofia moderna na UFCG.
3˚ - Processos desejantes da contemporaneidade
Sobre processos de subjetivação do sujeito frente ao neoliberalismo econômico e social, através da proposição de Tiqqun em se erguer o revolucionário experimental. Com abigail Campos Leal, ativista trans e doutoranda em filosofia, e a psicanalista Suely Rolnik, professora da PUC-SP.
4˚ - Exercícios para criação de desassujeitamentos
Debate acerca do conceito de greve humana, da coletiva de arte Claire Fontaine, da proposição em livrar-se de si mesmo, do coletivo de arte Bernadette Corporation, além da ideia de situação apresentada no texto anônimo Appel, a partir da produção da Internacional Situacionista.
Com Gustavo Motta, doutor em história e arte pela ECA-USP, editor da revista Dazibao, e Rachel Pach, geógrafa pela USP e pesquisadora independente.
#3
Contradição e Cooptação
Em breve